Pois é. O cara abriu um MEI pra publicar gibis. ¯\_(ツ)_/¯
Sedição. S.f.
1. Sublevação contra qualquer autoridade constituída; Revolta;
Insurreição; Motim.
2. Levantamento em massa contra a autoridade constituída. Desobediência
civil.
3. POR EXTENSÃO: Perturbação da ordem pública; Desordem, Rebuliço.
4. Minha Editora.
lançada na CCXP 2023.
“Urubus” é uma narrativa de realismo mágico que, em uma metáfora social, aborda temas como desigualdade, ganância, inveja e redenção. A narrativa com um toque de ironia dá aos marginalizados da sociedade um “dom” que os ricos e abastados nunca poderão ter se continuarem sendo quem são. “Urubus” é uma história que atua tanto como um espelho da realidade quanto uma crítica a ela, em uma trama onde eventos inesperados podem levar à revisão profunda de prioridades e percepções. Em um cenário onde as regras conhecidas são desafiadas e as hierarquias sociais são invertidas, “Urubus” convida à reflexão sobre os defeitos do materialismo e a instabilidade das estruturas sociais.
lançada na CCXP 2022.
Ambientada em uma escola pública de Osasco, em São Paulo, Mexericas é um retrato da duríssima realidade da educação em um país onde pouca gente se importa de verdade com o assunto. É uma reflexão, na forma de história em quadrinhos, sobre o valor social da educação, e sobre o papel das escolas e famílias na formação das crianças. Também é a história sobre duas meninas, sobre os sonhos que são permitidos a cada um de nós, sobre livros e, claro, sobre mexericas.
A primeira HQ de Rubens Menezes, lançada em dezembro de 2019.
Os Consumidores Selvagens e a ascensão dos palhaços é um gibi agridoce. Faz você rir. Daí, faz você pensar. Então, você começa a achar que não deveria estar rindo. Daí, você continua lendo, ri de novo, e o ciclo recomeça.
É uma sátira, uma paródia sobre um país muito querido, mas muito duro de se viver. É ainda um esforço para explicar uma ideia, uma tentativa de — como a criança da fábula — gritar para todo mundo na praça: “O Rei está nu!”
É também a vontade de mudar o mundo, porque histórias em quadrinhos são uma forma de arte, e toda arte que se preze precisa tentar mudar o mundo. Porque se não tivermos mais nada, ainda vamos ter a arte e a esperança.
(…) Utilizando de ironia, um pouco de humor e embasamento histórico, a HQ de Rubens escancara diversos problemas causados pelo capitalismo e a forma como lidamos com o consumo desenfreado. Com um background até jornalístico, a HQ é o primeiro trabalho do autor, que deixa muito claro seu olhar e para que se propõe sua arte. (…) Apesar de horas ser divertido, horas entristecedor, este não é um quadrinho para todos, mas acho extremamente relevante, tanto para levantar o debate, como para construção de conhecimento.
(…) a Hq "Os Consumidores Selvagens e a ascensão dos palhaços" nos mostra nossa realidade política, muito complicada como temos visto nos últimos tempos, mas que não é só de agora e precisamos acordar. É uma leitura obrigatória para todos, além de ser muito boa. O quadrinista @rv3en5 conversa com a gente de uma forma leve e cômica, mas que informa acima de tudo.
“Meus amigos, essa HQ é o maior e mais necessário desabafo sobre nossa atual conjuntura política brasileira. Contada de uma maneira bem humorada e didática ela vai desenhar para você como aconteceu a escalada fascista no nosso país. (…) Trabalho belo e necessário, afinal a arte tá aí pra contestar, militar e tantas outras coisas. Mais do que nunca nós precisamos desse instrumento contestador!”
Quadrinistas e caçador de vampiros
Desenhista. Historiador. Nerd de Linux, Drupal e Sistemas Operacionais. Professor Universitário. Planejamento estratégico para o Apocalipse Zumbi.
Rubens Menezes é historiador e professor universitário, que está envolvido com quadrinhos, direta ou indiretamente há mais de 20 anos. Em dezembro de 2019 lançou sua primeira HQ.
Resumo Cronológico:
A proposta é que as Histórias em Quadrinhos são uma forma de arte, uma arte com potencial para desafiar seus leitores e o mundo inteiro.
Então a idéia é publicar só gibis?
É. Bom... Principalmente, sim. Mas não só. A proposta é ter a menor editora do mundo (uma pessoa só). Uma editora pequenina e que discorde. Que discorde da estética, que discorde da (anti)ética dominante, que discorde dos grandes consensos. Uma editora que ajude a defender valores humanistas, que nesse mundo absurdo estão ficando fora de moda. Histórias em Quadrinhos são um meio para esse fim. Didáticas, de fácil compreensão, fundindo texto e arte em uma terceira categoria, que não é só texto, nem só arte. Aliás, completamente arte: Gibis. Sim, é bem difícil alguém me aparecer com mais arte do que em gibis.
Em algum momento pode rolar uma ficção, talvez um romance. Adoramos romances. Ficções. Ficções dos costumes, do tempo e das técnicas. Quem sabe livros acadêmicos, o destilado de circunspectas teses que estudem como mundar o mundo. Talvez contos. Uma editora é um universo em expansão de possibilidades. Impressionante como um CNPJ pode te deixar metido.
Mas isso é o futuro. No futuro seremos tudo isso. Diremos tudo isso. Tinta preta sobre papel branco, em aberta insurreição. Sedição. Mas o futuro ainda não está aqui.
Hoje, no presente, começamos com quadrinhos. Começamos com um gibi.
É um bom começo.
A Editora Sedição foi batizada durante o recente período em que o Brasil enfrentou uma crescente onda de autoritarismo, fascismo e militarismo. O nome "Sedição" foi escolhido como um desafio aos poderes constituídos da época, já que nada os incomoda mais do que a ideia de sublevação e revolta contra suas ações opressivas. A palavra "sedição" está associada à sublevação contra qualquer autoridade constituída, revolta, insurreição e motim.
É um nome que evoca a ideia de perturbação da ordem pública e desordem, e é importante ressaltar que essa editora deseja ser exatamente isso, mas com a expressão artística e criativa da linguagem das histórias em quadrinhos.
"A arte não é o espelho do mundo, é sim uma ferramenta para consertá-lo."